Em Meio ao Mal: Como o Crente Deve Agir?
Leitura Bíblica: 2 Coríntios 4:7-10
Introdução: Não é preciso ir muito longe para testemunhar a presença do mal, da dor e do sofrimento no mundo hoje. Como cristãos, a nossa resposta a essa realidade não pode ser o desespero, mas sim a ação piedosa. Para conseguirmos isso, devemos primeiro compreender a natureza do mal e, em seguida, tomar medidas proativas contra ele. A nossa esperança não está na nossa força, mas no tesouro do Evangelho que carregamos em vasos de barro.
I. Compreender a Natureza do Mal
Antes de combater o mal, precisamos entender sua origem e por que ele coexiste com um Deus que é todo-poderoso e amoroso.
A. Argumento Filosófico e Teológico:
1. O Mal Existe, mas o Termo é Bíblico: A filosofia questiona: "Se Deus é todo-poderoso e amoroso, como o mal existe?" A Bíblia, no entanto, define o mal como a oposição à lei e ao caráter de Deus (cf. Romanos 7:7). O mal não é uma força autônoma; é a perversão do bem.
B. Livre-Arbítrio e a Origem do Mal:
1. Diferença entre Homem e Animal: Os animais são movidos principalmente pelo instinto (exemplo: um pássaro voando para o sul no inverno).
2. Deus Deu ao Homem o Livre-Arbítrio:
◦ Jardim do Éden: O mal entrou no mundo quando Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus, exercendo seu livre-arbítrio.
◦ Caim e Abel: Deus deu a Caim a opção de escolher o bem, mas ele escolheu o mal e matou seu irmão.
3. Motivação: Não somos movidos a obedecer a Deus pelo instinto, mas pelo amor (João 14:15: "Se me amais, guardai os meus mandamentos"). O mal é a consequência da escolha humana de rejeitar o amor de Deus e Sua vontade.
II. Tomar Medidas Proativas Contra o Mal
Nossa luta contra o mal não se limita a lamentações; ela requer ações intencionais em todas as esferas da nossa vida.
A. Nível Pessoal:
1. Devemos Estudar a Palavra (Oséias 4:6; 2 Timóteo 2:15): A ignorância espiritual é um terreno fértil para o mal. Devemos nos esforçar para manejar bem a Palavra da verdade, para conhecer a vontade de Deus.
2. Devemos Estar Comprometidos: Um coração dividido não pode influenciar os outros. Se não estivermos pessoalmente comprometidos com a verdade, não persuadiremos ninguém a se afastar do mal.
B. Nível Familiar:
1. Ensine Lições Bíblicas Constantemente (Deuteronômio 6:6-9; Efésios 6:4): Os pais têm a responsabilidade primária de instruir seus filhos nos caminhos de Deus, falando da Sua Palavra em todo tempo e lugar.
2. Ensine Pelo Exemplo (Tiago 1:22; Mateus 7:24-ss): A obediência prática dos pais tem mais peso do que mil sermões. Devemos ser "praticantes da palavra, e não somente ouvintes".
C. Nível da Igreja:
1. Estimular ao Amor e às Boas Obras (Hebreus 10:24, 25): A comunhão cristã é essencial para nos fortalecer contra o mal. Devemos nos encorajar mutuamente a atos de bondade e amor.
2. Restaurar Aqueles que Caem (Gálatas 6:1): O mal busca afastar as pessoas do Senhor. A Igreja deve ser um lugar de restauração, buscando gentilmente trazer de volta aqueles que se desviaram.
D. Nível da Comunidade:
1. Individualmente - Nosso Exemplo (Mateus 5:13-16; 1 Timóteo 4:12): Somos o sal e a luz. Nossa vida íntegra e nossa pureza moral confrontam o mal na sociedade.
2. Coletivamente - O Favor Comum (Atos 2:46, 47): A Igreja primitiva crescia e tinha o favor de todo o povo porque viviam em unidade e serviço, o que era um testemunho poderoso contra o mal de sua época.
Veja também
- Pequenas coisas que são Grandes para Deus
- Sua mente está preparada para servir a Deus?
- Suas transgressões foram perdoadas?
Conclusão:
Apesar de todas as pressões externas (tribulação, angústia, perseguição), somos perplexos, mas não desanimados (2 Coríntios 4:8). Em meio ao mal, nunca devemos desanimar, mas sim fazer brilhar a nossa luz (Filipenses 2:14-16). A Igreja do primeiro século floresceu em um ambiente hostil. Lembremo-nos de que o tesouro da nossa fé está na mão de Deus, e a mão de Deus está sempre conosco!