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Oração pode Influenciar Consumo do Cristão, Revela Pesquisa.

 O Papel da Oração no Consumo: Estudo Revela a Conexão entre Espiritualidade e Consumismo Consciente

Pesquisa inova ao investigar a influência da oração no comportamento do consumidor, destacando sua relevância para escolhas mais éticas e sustentáveis, especialmente entre os jovens.

Uma pesquisa publicada no periódico Religions lança uma nova luz sobre a complexa relação entre espiritualidade e economia. O estudo, intitulado “Towards Socially Responsible Consumption: Assessing the Role of Prayer in Consumption” (Rumo ao Consumo Socialmente Responsável: Avaliando o Papel da Oração no Consumo), de Katarzyna Jabłońska-Karczmarczyk da Universidade Católica João Paulo II em Lublin, Polônia.

Uma das áreas de investigação interessantes é determinar o papel da oração, ou, mais amplamente, do desenvolvimento espiritual humano, na formação do comportamento do consumidor. Algumas pesquisas sugerem que existe uma relação entre religião, ou mais precisamente, práticas religiosas e consumo. 

Consumo socialmente responsável


O conceito de consumo socialmente responsável vai além do preço e da marca, levando em consideração o impacto das escolhas de compra na sociedade e no meio ambiente. A pesquisa parte da premissa de que a religiosidade e as práticas religiosas, como a oração, podem moldar o sistema de valores e, consequentemente, o comportamento de consumo de um indivíduo. O estudo focou em jovens estudantes de economia e gestão na Polônia, um país onde a maioria se declara religiosa e a fé dominante é o cristianismo.

Oração e Consumo: Uma Correlação Significativa

A oração, segundo o artigo, pode ajudar as pessoas a se tornarem mais conscientes de seus hábitos de consumo e a resistirem à tentação de consumir em excesso. Ao se conectarem com seus valores e crenças através da oração, os indivíduos podem desenvolver uma perspectiva mais crítica sobre o que realmente importa em suas vidas e evitar compras impulsivas e desnecessárias.

A pesquisa, baseada em um questionário online com 117 participantes, revelou que, embora não haja uma conexão entre a oração e o aspecto ambiental do consumo, há uma correlação significativa em três dimensões importantes: cultural, local e social.

    • Aspecto Cultural (Moderação): Os resultados mostraram uma fraca correlação entre a oração e a tendência de comprar apenas a quantidade de produtos necessários. Pessoas que oram com mais frequência tendem a ser mais conscientes de suas necessidades, reforçando valores como moderação e contribuindo para um estilo de vida mais sustentável.

    • Aspecto Local (Apoio a Empreendedores): Esta foi a correlação mais visível. A oração tem uma relação moderada com o comportamento de comprar produtos artesanais para preservar o patrimônio e produtos locais para apoiar pequenos empreendedores. O estudo sugere que a oração pode promover um senso de comunidade e solidariedade, motivando os indivíduos a apoiar a economia local.

    • Aspecto Social (Empresas Éticas): Uma correlação fraca foi encontrada entre a oração e a escolha de comprar produtos de empresas socialmente responsáveis, que, por exemplo, empregam pessoas com deficiência ou idosos. Isso se deve ao fato de que pessoas que rezam regularmente tendem a alinhar suas ações com seus valores de fé, preferindo apoiar empresas que se engajam em atividades éticas e benéficas para a sociedade.

O artigo também sugere que a oração pode cultivar um sentimento de gratidão pelo que já se tem. Ao reconhecerem as bênçãos em suas vidas, as pessoas podem se sentir menos inclinadas a buscar a felicidade através de bens materiais e experiências superficiais.

Além disso, a oração pode fortalecer a conexão entre as pessoas e promover a construção de comunidades. O apoio mútuo e a troca de experiências dentro de grupos religiosos podem incentivar práticas de consumo mais sustentáveis e éticas.

Pesquisa Revela que Oração pode Influenciar o Consumo do Cristão


O estudo conclui que, embora as correlações sejam em sua maioria fracas, a pesquisa enriquece a literatura sobre o tema, mostrando que a oração pode influenciar positivamente a atitude de um consumidor socialmente responsável em certos aspectos. A autora enfatiza que a religião, com seus valores de amor ao próximo e responsabilidade, pode ser uma inspiração para decisões de consumo mais conscientes.

Fonte

Jabłońska-Karczmarczyk, K. Towards Socially Responsible Consumption: Assessing the Role of Prayer in Consumption. Religions 2024, 15, 445. https://doi.org/10.3390/rel15040445

Células Evangélicas: Temas, Pregações e Estudos Bíblicos

 Temas e Pregações para Células Evangélicas

As Células Evangélicas, também chamadas de Células de Crescimento, Grupos, ou Células de Discipulado, são poucas pessoas que se reúnem regularmente, geralmente em casas.

Pregações para Células sobre Fé

Pregações para Células sobre a Vida Cristã:

Pregações para Células sobre Fortalecimento e Encorajamento

Pregações para Células sobre Sentimentos Pessoais

Pregações para Reunião de Células sobre a Igreja

Estudos Bíblicos para Células Evangélicas


Objetivos da Célula Evangélica

    1. Estudar a Bíblia
    2. Orar uns pelos outros
    3. Desenvolver relacionamentos cristãos mais profundos
    4. Evangelizar novas pessoas
    5. Cuidar pastoralmente dos membros da igreja

Origem e Fundamento

O modelo de células é inspirado no exemplo bíblico da igreja primitiva, que se reunia tanto no templo quanto nas casas (Atos 2:46-47). Muitas igrejas adotaram esse modelo para promover comunhão, cuidado mútuo e expansão do evangelho.

Características das Células Evangélicas:

    1. Tamanho reduzido
De 5 a 15 pessoas, permitindo comunhão íntima e participação ativa.
    2. Multiplicação
Quando o grupo cresce, ele se divide em duas novas células, formando uma rede de crescimento contínuo.
    3. Liderança local
Cada célula tem um líder (às vezes com um auxiliar) que pastoreia o grupo sob supervisão da liderança da igreja.
    4. Enfoque relacional e missionário
As células não são apenas para membros da igreja, mas também para alcançar amigos, vizinhos e familiares.
    5. Reuniões simples e dinâmicas
Normalmente envolvem louvor, leitura bíblica, discussão, oração e comunhão (às vezes com lanche).

Benefícios das Células:

    • Maior integração de novos convertidos
    • Desenvolvimento de novos líderes
    • Acompanhamento pessoal e discipulado contínuo
    • Expansão da igreja de forma orgânica
    • Fortalecimento da comunhão cristã

Versículos que embasam a prática:

    • Atos 2:46-47 – “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa...”
    • Hebreus 10:24-25 – “...consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras...”
    • Mateus 28:19-20 – “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...”

Liturgia em uma célula evangélica

A liturgia de uma reunião em uma célula evangélica deve ser simples, participativa e centrada em Cristo. O foco não é seguir um modelo rígido, como em um culto tradicional, mas criar um ambiente acolhedor, onde haja adoração, comunhão, edificação e evangelismo. No entanto, é importante manter ordem e propósito.

Liturgia de uma Reunião de Célula Evangélica

Duração sugerida: entre 1h30 e 2h

1. Recepção e comunhão informal (15-20 min)

    • Acolhida dos participantes
    • Conversa leve, café ou lanche simples (se for o caso)
    • Ambiente amigável para novos visitantes
Base bíblica: Romanos 12:10 – “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal...”

2. Louvor e adoração (10-15 min)

    • 1 a 3 músicas simples (pode ser com violão, som ou voz)
    • Foco em exaltar a Deus e preparar o coração
    • Participação espontânea com orações breves e expressões de gratidão
Base bíblica: Salmo 100:2 – “Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico.”

3. Oração inicial e apresentação dos visitantes (5 min)

    • Uma oração abrindo a reunião e pedindo a direção do Espírito Santo
    • Se houver visitantes, apresentação breve com carinho e sem constrangimento

4. Estudo bíblico (25-35 min)

    • Leitura de um texto bíblico e explicação simples
    • Perguntas abertas para promover diálogo
    • Aplicação prática à vida dos participantes
Dica: Pode ser com base na pregação de domingo, em um livro da Bíblia, ou em um tema específico.
Base bíblica: Atos 17:11 – “...examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.”

5. Momento de oração (15-20 min)

    • Pedidos de oração compartilhados
    • Orações em grupos ou todos juntos
    • Pode incluir intercessão por enfermos, salvação de familiares, etc.
Base bíblica: Tiago 5:16 – “Orai uns pelos outros, para que sareis...”

6. Avisos e estratégias de evangelismo (5-10 min)

    • Compartilhamento de atividades da igreja
    • Desafios de evangelismo pessoal (cada um orar por um amigo, convidar alguém, etc.)
    • Planejamento da próxima célula

7. Encerramento e comunhão final (5-10 min)

    • Oração final com bênção
    • Momento de convivência (se possível com lanche)

Observações importantes:
    • A liturgia deve ser flexível, adaptando-se ao perfil do grupo.
    • Todos devem ser encorajados a participar, inclusive novos convertidos.
    • O líder deve agir com sabedoria pastoral, sem monopolizar o tempo.
    • Manter um ambiente acolhedor, respeitoso e guiado pelo Espírito Santo.
Células Evangélicas: Temas, Pregações e Estudos Bíblicos


Por que uma igreja deve ter uma célula evangélica?


Uma igreja deve ter células porque esse modelo fortalece o corpo de Cristo de maneira prática, relacional e bíblica. A seguir, veja sete razões fundamentais pelas quais uma igreja deve adotar o modelo de células:

1. É um modelo bíblico e neotestamentário
A igreja primitiva se reunia em dois ambientes: no templo (culto público) e nas casas (comunhão e discipulado). O modelo celular segue esse padrão.
Atos 2:46 – “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa...”

2. Fortalece a comunhão entre os irmãos
As células criam um ambiente íntimo onde os irmãos se conhecem, oram uns pelos outros e se edificam mutuamente.
Hebreus 10:24-25 – “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras...”

3. Favorece o discipulado contínuo
Na célula, há espaço para ensinar, acompanhar novos convertidos e desenvolver maturidade cristã de forma pessoal.
2 Timóteo 2:2 – “...o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis...”

4. Facilita o cuidado pastoral
A célula descentraliza o cuidado da igreja, permitindo que líderes cuidem de grupos menores, evitando sobrecarga no pastor.
Gálatas 6:2 – “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.”

5. Impulsiona o evangelismo local
As células são estratégicas para alcançar não crentes. Muitos visitantes se sentem mais à vontade numa casa do que num templo.
Lucas 14:23 – “Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha.”

6. Desenvolve novos líderes
Nas células, irmãos são capacitados e experimentam o ministério, sendo preparados para funções maiores no corpo.
Efésios 4:11-12 – “...com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço...”

7. Gera crescimento saudável e sustentável
O crescimento das células leva à multiplicação natural da igreja, sem depender apenas de eventos ou grandes campanhas.
Colossenses 2:19 – “...todo o corpo, suprido e bem vinculado por juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.”

O que são Os Salmos do Peregrino? (Salmos 120-134)

 Explorando os Salmos Peregrinos: Uma Jornada de Fé e Adoração

Os salmos do peregrino (Sl. 120-134) eram cantados pelos israelitas a caminho de Jerusalém para suas peregrinações realizadas três vezes por ano (Páscoa/Pães Ázimos, Pentecostes e Tabernáculos; cf. gráfico “As Festas de Israel” e Salmos 84:5-7; Observe a progressão na seguinte ordem dos salmos:

Nos Salmos Peregrinos, também conhecidos como Salmos de Ascensão ou Hinos Processionais, encontramos uma rica tapeçaria de sentimentos, reflexões e louvores que acompanhavam os peregrinos em sua jornada em direção a Jerusalém. Esses salmos, que variam de 120 a 134, capturam a experiência espiritual dos peregrinos enquanto viajavam para adorar no templo.

1. O Estrangeiro na Terra Prometida (Salmo 120)

O Salmo 120 começa com o lamento do salmista, que se sente como um estrangeiro em sua própria terra. Longe de Jerusalém, ele clama a Deus por livramento das mentiras e da falsidade que o cercam.


2. Confiança na Proteção de Deus (Salmo 121)

À medida que os peregrinos se aproximam de Jerusalém, o Salmo 121 é uma expressão de confiança na proteção divina. Olhando para as montanhas que cercam a cidade, o salmista reconhece que sua ajuda vem do Senhor, o Criador dos céus e da terra.


3. O Regozijo na Chegada (Salmo 122)

Após chegar a Jerusalém, os peregrinos encontram alegria e regozijo ao contemplar a beleza da cidade santa. Eles exortam uns aos outros a orar pela paz e prosperidade de Jerusalém, reconhecendo-a como o lugar escolhido por Deus para habitar.


4. A Proteção Divina como Montanhas ao Redor (Salmo 125)

Neste salmo, as montanhas que cercam Jerusalém são comparadas à proteção divina que cerca o povo de Deus. Assim como as montanhas são imutáveis e seguras, assim também é a presença constante e protetora do Senhor para com Seu povo.


5. O Regresso Triunfal a Jerusalém (Salmo 126)

O Salmo 126 celebra o retorno triunfal do exílio babilônico a Jerusalém. Os peregrinos recordam as maravilhas que Deus fez por eles, restaurando-os à sua terra e renovando a sua esperança.


6. Sião, o Centro da Bênção Divina (Salmo 128)

Sião é vista como o centro da bênção divina, onde aqueles que temem o Senhor são abençoados e protegidos. Os sacerdotes são exortados a orar pelo bem-estar da cidade e pela paz de Jerusalém.


7. A Habitação de Deus em Sião (Salmo 132)

Neste salmo, Jerusalém é proclamada como o lugar da habitação e do poder de Deus. O trono davídico é estabelecido como símbolo do governo divino sobre o Seu povo.


8. Bênção aos Sacerdotes no Templo (Salmo 134)

O Salmo 134 encerra os Salmos Peregrinos com uma exortação aos sacerdotes no templo para bendizerem ao Senhor. Os peregrinos oferecem louvor e adoração, reconhecendo a Deus como fonte de bênção e proteção.

O que são Os salmos do Peregrino? (Salmos 120-134)
Veja também

Nos Salmos Peregrinos, encontramos uma jornada espiritual profunda e significativa, que reflete a experiência humana de busca, adoração e comunhão com o Deus vivo. Que esses salmos nos inspirem a buscar continuamente a presença do Senhor em nossa própria jornada de fé.

Pregação sobre Domínio Próprio (Temperança): Fruto do Espírito

 Pregação sobre Domínio Próprio (Temperança): Fruto do Espírito

Vivemos em um mundo que nos bombardeia com impulsos, prazeres imediatos e a busca desenfreada pela satisfação pessoal. Em meio a esse caos, uma virtude bíblica se destaca como um farol de sanidade e força: o domínio próprio, ou temperança. Longe de ser uma repressão, é uma libertação. Hoje, vamos explorar o tema: Dominando a Si Mesmo – O Fruto do Espírito da Temperança.

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1. O Domínio Próprio É Fruto da Presença do Espírito em Nós

O autocontrole não é uma conquista humana, mas uma obra divina no nosso interior. Gálatas 5:22-23 nos revela: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.”

Como parte do fruto do Espírito, a temperança é uma virtude gerada pelo Espírito Santo no caráter do crente. Ela não vem de uma força de vontade puramente humana, mas do poder de Deus que opera em nós. É a capacidade de controlar nossos desejos, emoções e impulsos, não por esforço próprio, mas pela influência do Espírito Santo em nossa vida.


2. O Domínio Próprio Começa com a Mente Renovada

A batalha pelo autocontrole se inicia em nossa mente. Romanos 12:2 nos exorta: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

O domínio próprio é fortalecido quando a mente é renovada e moldada pela Palavra de Deus. O mundo nos ensina a pensar de forma egoísta e impulsiva, mas a Palavra nos oferece uma nova perspectiva, a de Cristo. Ao encher a mente com a verdade de Deus, podemos dominar nossos pensamentos e, consequentemente, nossas ações e reações.


3. Quem Não Tem Domínio Próprio É Como uma Cidade Sem Muros

A falta de autocontrole nos torna incrivelmente vulneráveis. Provérbios 25:28 nos dá uma analogia poderosa: “Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio.”

Uma cidade sem muros estava indefesa e aberta a qualquer ataque. Da mesma forma, a falta de domínio próprio torna o crente vulnerável a todo tipo de tentação e ataque espiritual. O descontrole emocional, a gula, a luxúria, a raiva desmedida – tudo isso são brechas que o inimigo pode usar. O domínio próprio é o muro que protege o nosso coração e nossa mente.


4. O Domínio Próprio É Essencial para Resistir à Tentação

Viver uma vida fiel a Cristo exige disciplina. 1 Coríntios 9:27 mostra a dedicação de Paulo: “Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ser desqualificado.”

Paulo sabia que, para resistir à tentação e manter-se fiel, ele precisava disciplinar a si mesmo. O domínio próprio é a ferramenta que nos permite dizer "não" aos desejos da carne e "sim" à vontade de Deus. É um ato de submissão diária a Cristo, que nos capacita a lutar e vencer as tentações.


5. A Graça de Deus nos Ensina a Viver com Domínio Próprio

O poder para o autocontrole não vem de um esforço humano heroico, mas da graça de Deus. Tito 2:11-12 afirma: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente.”

A graça de Deus que nos salva também nos ensina e capacita a viver uma vida de sobriedade e justiça. A temperança é fruto dessa vida instruída pela graça. É a graça que nos dá o poder para renunciar à impiedade e aos desejos do mundo, permitindo-nos viver de forma equilibrada e piedosa.


6. O Domínio Próprio se Manifesta em Todas as Áreas da Vida

A temperança não é uma virtude que se aplica apenas a uma área da vida, mas a todas. 1 Pedro 1:13 nos orienta: “Por isso, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos oferece na revelação de Jesus Cristo.”

Ser "sóbrio" e ter "domínio próprio" significa ser equilibrado em todas as áreas: nas emoções, nas palavras, nos desejos, nas finanças e nas ações. É a capacidade de pensar com clareza, agir com moderação e responder com sabedoria, sem ser controlado por impulsos ou paixões.


7. O Domínio Próprio Prepara o Crente para Ser Útil no Reino

O autocontrole é um pré-requisito para o serviço eficaz a Deus. 2 Timóteo 2:21-22 nos mostra: “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra. Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.”

Quem exerce domínio próprio se purifica do pecado e se torna um vaso para honra, pronto para ser usado por Deus com eficácia. A disciplina sobre si mesmo prepara o crente para ser um instrumento útil nas mãos do Senhor, para toda boa obra.

Pregação sobre Domínio Próprio (Temperança): Fruto do Espírito

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Irmãos e irmãs, o domínio próprio não é uma tarefa impossível. É um fruto que o Espírito Santo quer produzir em você. Que busquemos a renovação da nossa mente pela Palavra e a submissão ao Espírito Santo, para que possamos dominar a nós mesmos e sermos usados poderosamente por Deus.


Em qual área da sua vida você precisa buscar o domínio próprio hoje?

Pregação sobre Mansidão (Brandura): Virtude Poderosa e Fruto do Espírito

Pregação sobre Mansidão: Virtude Poderosa 

Em um mundo que valoriza a força, a assertividade e a autodefesa a qualquer custo, a mansidão pode ser facilmente confundida com fraqueza. No entanto, para o cristão, a mansidão é uma virtude poderosa, um fruto do Espírito que reflete a essência do próprio Cristo. Hoje, vamos explorar o que a Bíblia nos ensina sobre a mansidão e como ela se manifesta em uma vida transformada.

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1. A Mansidão É Uma Evidência do Espírito em Nós

A mansidão não é um traço de personalidade natural; é uma obra divina no nosso interior. Gálatas 5:22-23 nos diz: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”

Como parte do fruto do Espírito, a mansidão é uma virtude produzida pelo Espírito Santo no caráter do crente. Ela não é uma fraqueza que se acovarda, mas um poder controlado que se manifesta em humildade e paciência. É a força interior para permanecer calmo e sereno, mesmo em meio à provocação.

2. Jesus É o Maior Exemplo de Mansidão

Se quisermos entender a verdadeira mansidão, devemos olhar para o nosso Mestre. Em Mateus 11:29, Jesus nos convida: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.”

Jesus, o próprio Deus, não veio em poder e glória para esmagar seus inimigos, mas em humildade para servir. Ele é o maior exemplo de mansidão e humildade de coração. O discípulo de Cristo é chamado a refletir esse caráter manso do seu Mestre, encontrando descanso para a alma não na vitória sobre os outros, mas na entrega a Deus.

3. O Manso Confia na Justiça de Deus, e Não na Própria Força

O mundo ensina a retaliar e buscar vingança, mas a mansidão nos leva a um caminho de confiança. O Salmo 37:11 promete: “Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.”

A mansidão revela uma entrega completa a Deus. Em vez de lutar por seus próprios direitos, o manso confia que Deus é o justo juiz e vingador. Ele sabe que a justiça de Deus prevalecerá e que a recompensa final será a paz e a herança eterna. A mansidão é a expressão da fé que confia que Deus cuidará de todas as coisas.

4. A Mansidão Preserva Relacionamentos e Evita Contendas

A maneira como respondemos em momentos de tensão determina a saúde dos nossos relacionamentos. Provérbios 15:1 nos ensina: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”

Um coração manso responde com sabedoria e graça, mesmo diante de palavras duras ou críticas injustas. Em vez de alimentar o fogo da contenda, a mansidão atua como um extintor. Ela desarma o conflito e preserva os relacionamentos, mostrando que a paz é mais valiosa do que ter a última palavra.

5. O Crente Deve Corrigir com Mansidão

Até mesmo a correção, quando necessária, deve ser feita com um espírito manso. 2 Timóteo 2:24-25 nos instrui: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem.”

A mansidão nos capacita a instruir e corrigir com humildade e amor, em vez de arrogância e superioridade. Aquele que corrige com mansidão não busca humilhar, mas restaurar. É o amor que motiva, e a humildade que permite que a outra pessoa ouça sem se sentir atacada.

6. A Mansidão É Necessária Para Receber a Palavra de Deus

O estado do nosso coração é crucial para que a Palavra de Deus produza fruto. Tiago 1:21 nos exorta: “Portanto, rejeitando toda imundícia e acúmulo de maldade, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas.”

Um coração orgulhoso e soberbo se recusa a ser ensinado, mas o coração manso é terra fértil para a semente da Palavra. A mansidão nos torna receptivos à Palavra de Deus, nos capacitando a aceitar a repreensão, o conselho e a direção divina sem resistir. Ela é a humildade que diz: "Senhor, fala, pois o teu servo ouve."

7. A Mansidão Agrada a Deus e Conduz à Paz

A mansidão é uma das virtudes que compõem a vida de um cristão maduro. Colossenses 3:12-13 nos convoca: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade.”

A mansidão faz parte da vestimenta espiritual que Deus nos pede para usar. Ela é uma virtude que agrada a Deus e traz consigo a bênção da paz. O coração manso, que se recusa a retaliar e confia na justiça divina, encontra um caminho de paz que o mundo não pode oferecer.

Pregação sobre Mansidão: Virtude Poderosa

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Irmãos e irmãs, que possamos buscar o Espírito Santo para que a mansidão se torne uma marca visível em nossas vidas. Que aprendamos de Jesus a sermos mansos e humildes de coração, a fim de que possamos herdar a terra e nos deleitar na abundância de paz.


Em qual área da sua vida você precisa praticar a mansidão hoje?

Pregação sobre Longanimidade (Paciência) - Fruto do Espírito

 Pregação sobre Longanimidade (Paciência) - Fruto do Espírito

Hoje, voltamos nossos corações e mentes para um aspecto vital da vida cristã, algo que Paulo nos exorta a cultivar em nossas vidas. Em Gálatas 5:22-23, lemos sobre o Fruto do Espírito, uma lista de qualidades que devem florescer em todo crente. Dentre essas virtudes, destacaremos uma em particular: a longanimidade.

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I. A Importância do Fruto do Espírito

Como cristãos, somos chamados a uma vida de transformação. Essa transformação não é apenas uma mudança de comportamento superficial, mas uma profunda obra do Espírito Santo em nós, resultando na produção de um caráter que reflete o próprio Cristo.

A. A Vida Cristã: Uma Vida Frutífera

Nossa paixão e propósito como cristãos devem nos impulsionar a não apenas professar a fé, mas a produzir ativamente o fruto do Espírito. É um sinal visível da presença de Deus em nós.

B. Foco na Longanimidade

É neste contexto que vamos aprofundar nossa compreensão sobre o "fruto" da longanimidade. Esta não é uma qualidade passiva, mas uma virtude dinâmica e essencial para as nossas relações com Deus e com o próximo.


II. O Que é Longanimidade?

A palavra "longanimidade" pode soar um pouco formal em nossos dias, mas seu significado é claro e profundo.

A. O Significado Simples: "Sofrer Longamente"

Frequentemente na Bíblia, a palavra significa exatamente o que a etimologia sugere: "sofrer longamente". Outras traduções usam o termo "paciência", o que nos ajuda a entender melhor seu escopo.

B. A Palavra Grega: Makrothumia

A palavra grega original é makrothumia. Vamos explorar suas nuances:

    1. É a "paciência longa" em oposição a um "temperamento curto" ou impulsivo.

    2. Thayer a define como "paciência, tolerância, longanimidade, vagar em vingar injustiças". Isso nos mostra que não se trata apenas de esperar, mas de suportar ofensas sem retaliação imediata.

    3. Vine complementa: "Longanimidade é aquela qualidade de autocontrole diante de provocação que não retalia precipitadamente nem pune prontamente. É o oposto da ira e está associada à misericórdia, sendo usada para Deus".

Em essência, longanimidade é a capacidade de suportar adversidades, provocações e injustiças por um longo tempo, sem perder a esperança ou ceder à raiva e ao desejo de vingança.


III. Exemplos Bíblicos de Longanimidade

Para compreender a magnitude dessa virtude, observemos como ela é manifestada nas Escrituras.

A. A Longanimidade de Deus

O maior exemplo de longanimidade é o próprio Deus. Sua paciência conosco é infinita:

    1. 1 Pedro 3:20: Deus esperou com longanimidade nos dias de Noé.

    2. Neemias 9:16-21: Apesar da rebeldia de Israel, Deus demonstrou grande paciência e provisão no deserto.

    3. 2 Pedro 3:7-9: A demora da volta de Cristo é atribuída à Sua longanimidade, desejando que todos cheguem ao arrependimento.

    4. 1 Timóteo 1:15-16: A longanimidade de Cristo foi exemplar na salvação de Paulo, o maior dos pecadores.

    5. Salmo 103:8-18: O Senhor é "misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade".

B. Nosso Chamado à Semelhança Divina

Visto que devemos ser piedosos, somos chamados a nos esforçar para ser longânimos como Deus:

    • Mateus 18:32-35: A parábola do credor incompassivo nos lembra da necessidade de perdoar como fomos perdoados.

    • Colossenses 3:12-13: Somos exortados a nos revestir de "longanimidade, benignidade, humildade, mansidão, paciência; suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros".

    • Efésios 4:1-3: Somos chamados a andar "com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor".

    • Salmo 86:15, 11: Buscamos conhecer os caminhos do Senhor para andar em Sua verdade, imitando Sua paciência.

IV. Como Cultivar a Longanimidade?

A longanimidade não é uma virtude que se manifesta por acaso. Ela é um fruto que precisa ser cultivado.

A. Amor/Caridade/Ágape

O amor ágape é a base de toda longanimidade (1 Coríntios 13:4-8). "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha." Sem amor, a longanimidade é impossível.

B. Oração

A oração é a fonte de nossa força espiritual (Colossenses 1:9-11). É na comunhão com Deus que recebemos a capacidade de suportar e perseverar. Quando oramos, pedimos a Ele que nos capacite a refletir Seu caráter em nossas vidas.

Pregação sobre Longanimidade (Paciência) - Fruto do Espírito
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Conclusão

Amados irmãos e irmãs, o cristão deve se esforçar para produzir o fruto do Espírito, e a longanimidade é uma das suas mais preciosas manifestações. Não é uma virtude para os fracos, mas para os fortes em Cristo, que confiam na justiça de Deus e amam o suficiente para suportar.

Que todos nós nos esforcemos para demonstrar essa paciência divina uns aos outros, aos nossos semelhantes e em todas as circunstâncias da vida, refletindo assim a glória do nosso Pai celestial.

Amém.

As Controversas Interpretações do Salmo 2

Exegese Judaica Medieval do Salmo 2

O Salmo 2 é um dos capítulos mais controversos do livro dos Salmos. 

As interpretações deste salmo, bem como do Salmo 1, dividiram cada vez mais judeus e cristãos nos primeiros doze séculos da Era Comum. 

Várias análises parciais sobre como os exegetas judeus antigos e medievais interpretaram este salmo foram conduzidas. As interpretações do Salmo 2 no judaísmo antigo, incluindo a literatura rabínica, fazem parte do estudo sobre a história da recepção deste salmo. 

Em seu livro sobre a história da interpretação dos salmos 1 e 2 na tradição judaica e cristã, é dedicado um capítulo inteiro à exegese rabínica e medieval. O objetivo deste artigo é realizar uma análise extensiva e comparativa dos mais importantes exegetas judeus medievais que escreveram comentários ou explicações sobre este salmo.

1. Exegese do Salmo 2 na Literatura Rabínica

Referências Históricas e/ou Escatológicas do Salmo 2

Na literatura rabínica, este salmo é citado no contexto da futura vinda do Messias, e especificamente das guerras contra Gogue e Magogue que precedem esse evento. As nações que se agitam contra Israel e os povos que murmuram em vão são os adoradores de ídolos que estarão contra o Senhor e seu Messias quando a batalha de Gogue e Magogue acontecer no final dos tempos. 

O Salmo 2 é interpretado como palavras de Deus que serão dirigidas especificamente ao Messias, o filho de Davi. A interpretação do Salmo 2 na Midrash Tehillim é claramente messiânica e se refere também às futuras guerras de Gogue e Magogue.

2. Interpretações de Exegetas Judaicos Medievais: Significado Figurativo

A interpretação messiânica do Salmo 2 é clara no caso de Saadia Gaon. Em seu longo prefácio ao seu comentário sobre os Salmos, Saadia inclui uma tradução dos primeiros quatro salmos acompanhada de um comentário completo sobre cada um deles. 

No Salmo 2, ele afirma que se refere àqueles que se rebelam contra o Senhor praticando heresia e cometendo pecados, especialmente àqueles que se levantarão contra o ungido do Senhor na terra. O significado original deste capítulo é lembrar os leitores da vingança que cairá sobre os incrédulos, e descreve a ação tomada pelos incrédulos para rejeitar os mandamentos do Senhor e de seu ungido. 

Saadia Gaon propõe um significado figurativo para a expressão "tu és meu filho, hoje te gerei", e explica que é uma maneira de conferir honra ou distinção ao Messias. Em relação à expressão "Filhos de Deus" no Salmo 2, 

3. Interpretações de Exegetas Judaicos Medievais: Davi

Rashi oferece duas interpretações figurativas: primeiro, a expressão "filho de Deus" se refere metaforicamente a Davi como "a cabeça de Israel, que é chamado de filhos de Deus"; segundo, a palavra 'filho' significa 'querido' neste caso e é usada para se referir a Davi como um dos reis de Israel que eram queridos a Deus. 

Rashi adota uma abordagem histórico-contextual e explica o Salmo 2 como uma referência ao episódio bíblico em que Davi foi ungido rei sobre Israel e a subsequente rebelião dos filisteus. No entanto, em sua interpretação do versículo 10, Rashi adota um ponto de vista que muda sua perspectiva histórica.


As Controversas Interpretações do Salmo 2


Leia também: 

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Salmo 2 (ACF)

¹ Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs?
² Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:
³ Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.
⁴ Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.
⁵ Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará.
⁶ Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.
⁷ Proclamarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.
⁸ Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.
⁹ Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
¹⁰ Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra.
¹¹ Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor.
¹² Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam. 

Salmos 2:1-12

Conclusão

Essas interpretações divergentes dos exegetas judeus medievais mostram a complexidade da interpretação do Salmo 2 e sua relevância contínua para o pensamento religioso e a interpretação bíblica.

Fonte

Gómez Aranda, M. (2018). Exegese Judaica Medieval do Salmo 2. The Journal of Hebrew Scriptures , 18 . https://doi.org/10.5508/jhs.2018.v18.a3

Quem foi Barnabé? O Exemplo Inspirador

 O Exemplo Inspirador de Barnabé: Um Guia para a Vida Cristã Hoje

INTRODUÇÃO

Hoje, vamos mergulhar na vida de Barnabé, um discípulo notável, cujo exemplo continua a ressoar com poder para nós. Seu próprio nome, que significa "Filho da Consolação", já nos dá uma pista sobre a essência de sua vida: ele foi um homem que constantemente buscou ajudar e encorajar as pessoas ao seu redor.

As qualidades de Barnabé são um desafio direto para nós. Como ensinou o apóstolo Paulo, somos chamados a imitar os bons exemplos (Filipenses 3:17). Que a vida de Barnabé nos inspire a viver o cristianismo de forma mais autêntica e impactante.


I. A Generosidade de um Coração Doador (Atos 4:36-37)

A primeira vez que a Bíblia menciona Barnabé, ele é apresentado como um levita, mas com uma atitude que o destacava: os apóstolos lhe deram o apelido de "Filho da Consolação" por causa de seu caráter.

    • Ação Concreta: Ele vendeu uma propriedade que possuía e, sem hesitação, depositou o valor aos pés dos apóstolos. Seu propósito era claro: ajudar os irmãos necessitados da igreja.

Aplicação para Nós:

Barnabé não apenas "viu" a necessidade; ele agiu com desprendimento. Somos chamados a ter o mesmo espírito de generosidade e ação (Tiago 2:14-16; 1 João 3:17-18). Não se trata de doar o que não temos, mas de usar o que possuímos para abençoar outros (Lucas 3:11). Que nosso amor não seja apenas de palavras, mas de atitudes que transformam.


II. O Defensor dos Irmãos (Atos 9:27)

Quando Saulo (mais tarde Paulo) se converteu, ele era uma figura temida pela comunidade cristã, por seu passado de perseguidor. Ninguém confiava nele.

    • Coragem para Crer no Melhor: Foi Barnabé quem teve a coragem de defendê-lo. Ele não se deixou levar pelos preconceitos ou pelo medo. Ele investigou, valorizou as boas obras de Paulo após sua conversão e apresentou essas evidências de transformação aos apóstolos em Jerusalém.

Aplicação para Nós:

Quantas vezes nos precipitamos em julgar ou criticar? O exemplo de Barnabé nos ensina a destacar o bem nos outros em vez de focar nas falhas. Precisamos evitar a fofoca e o julgamento apressado. Sejamos edificadores, construindo pontes e não muros, e não acusadores.


III. A Fonte de Encorajamento (Atos 11:22-23)

Quando as notícias sobre o crescimento da igreja em Antioquia chegaram a Jerusalém, Barnabé foi o enviado para investigar e pastorear.

    • Impacto Positivo: Ao chegar, ele "se alegrou e exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor". Ele não foi para julgar, mas para animar.

Aplicação para Nós:

Vivemos em um mundo que muitas vezes nos desanima. É nossa responsabilidade ser um bálsamo para os desanimados (1 Tessalonicenses 5:14). Nosso exemplo deve ser de encorajamento, nunca de tropeço (Romanos 15:14). Quando não somos constantes em nossa fé e conduta, influenciamos negativamente aqueles ao nosso redor. Que nossa vida seja um incentivo para a constância na fé.


IV. A Essência de um "Homem Bom" (Atos 11:24)

A Bíblia resume a vida de Barnabé com uma descrição poderosa: "Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé." Essas três qualidades são interdependentes e essenciais.

Aplicação para Nós:

    • Praticar o Bem: Ser bom não é apenas uma intenção, mas uma prática diária (Deuteronômio 6:18; João 5:29).

    • Ser Cheio do Espírito: Isso se manifesta no fruto do Espírito em nossa vida: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23).

    • Viver pela Fé: A fé é a base de nosso relacionamento com Deus e a chave para agradá-Lo (Hebreus 11:6).

Que nossas vidas reflitam a bondade de Cristo, a plenitude do Espírito e a firmeza da fé.


V. A Coragem de Falar a Verdade (Atos 13:46)

Barnabé, ao lado de Paulo, não recuou diante da oposição ao Evangelho. Quando os judeus de Antioquia da Pisídia rejeitaram a mensagem, eles não hesitaram em proclamar a verdade.

    • Ousadia na Proclamação: Barnabé e Paulo disseram com coragem: "Era necessário que a Palavra de Deus fosse primeiramente anunciada a vós; mas, visto que a rejeitais... eis que nos voltamos para os gentios."

Aplicação para Nós:

Devemos falar a verdade com ousadia, como Pedro e João fizeram diante do Sinédrio (Atos 4:18-20). Deus nos deu um "espírito de poder, de amor e de moderação", não de covardia (2 Timóteo 1:7). Como Estêvão, que foi fiel até a morte diante da perseguição (Atos 7:55-57), sejamos firmes em nossa fé e dispostos a proclamá-la, independentemente das consequências.


VI. A Humildade Genuína (Atos 14:14)

Depois de um milagre em Listra, as pessoas quiseram adorar Paulo e Barnabé como deuses.

    • Rejeição da Glória Humana: Imediatamente, Barnabé e Paulo rasgaram suas vestes e se lançaram no meio da multidão, clamando: "Homens, por que fazeis isto? Nós também somos homens, sujeitos às mesmas paixões que vós!" Eles recusaram veementemente qualquer adoração.

Aplicação para Nós:

Somente Deus deve ser adorado (Apocalipse 19:10). Em um mundo onde muitos buscam o primeiro lugar, a visibilidade e o reconhecimento, como Diótrefes (3 João 9-10), somos chamados à humildade. Devemos nos humilhar diante de Deus e dos homens, reconhecendo que todo dom e toda glória pertencem a Ele.

Quem foi Barnabé? O Exemplo Inspirador

Veja também

  1. Quem foi Elcana? I Samuel 1 e 2
  2. Quem foi Simão Pedro?  
  3. Elias, o Tisbita 1 Reis 17
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CONCLUSÃO

A vida de Barnabé nos oferece um modelo inspirador de como viver o cristianismo de forma plena. Vimos hoje suas qualidades:

    • Generoso e desprendido.

    • Defensor dos irmãos e não um crítico.

    • Encorajador para os desanimados.

    • Um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé.

    • Corajoso na proclamação da verdade.

    • Humilde, recusando a glória para si.

Imitar pessoas como Barnabé é, em última análise, agradar a Deus e seguir o caminho que nos foi ensinado (Filipenses 3:17). Que o Senhor nos capacite e nos ajude a cultivar essas virtudes em nossa vida cristã diária, para a glória Dele.

Qual dessas características de Barnabé você se sente mais desafiado a cultivar em sua vida hoje?


Estudo Revela o Papel do Altar no Livro de Crônicas

 Estudo Revela o Papel do Altar no Livro de Crônicas

O Altar Protagonista: Como o Livro de Crônicas Reimagina a Presença Divina no Templo de Jerusalém

Um estudo recente de Itamar Kislev, da Universidade de Haifa, publicado no Journal of Hebrew Scriptures, oferece uma nova perspectiva sobre a construção e o significado do Templo de Jerusalém na narrativa do Livro de Crônicas. 

Intitulado "The Role of the Altar in the Book of Chronicles" (O Papel do Altar no Livro de Crônicas), a pesquisa de Kislev destaca como o autor de Crônicas (o Cronista) eleva o status do altar, redefinindo sua importância em relação à Arca da Aliança e à manifestação da presença divina no Templo.

Seu estudo destaca as passagens em Crônicas que atribuem maior espaço, atenção e peso ao altar em comparação com os livros de Samuel e Reis, principalmente em relação ao estabelecimento do templo, e sugere uma explicação para essa mudança.

A Presença do Fogo em Crônicas

Uma das diferenças notáveis introduzidas pelo cronista na narrativa da dedicação do templo, em comparação com a versão em Reis, está relacionada à aparição do fogo: apenas em Crônicas o fogo desce do céu e consome os sacrifícios no altar. Essa imagem mostra uma forte semelhança temática e linguística com a inauguração do tabernáculo no deserto do Sinai, onde os sacrifícios no altar foram consumidos pelo fogo divino.

No entanto, a presença de uma diferença significativa ao lado dessa semelhança sugere uma interpretação distintiva por parte do cronista. Em Levítico 9:24, o fogo vem "de diante do Senhor", ou seja, de dentro do tabernáculo, onde reside a presença divina; em Crônicas, ele vem do céu. Isso indica uma percepção diferente do autor sobre a origem do fogo, implicando uma interpretação divina da ação.

A Relevância do Altar na Visão do Cronista

Historicamente, a Arca da Aliança era considerada o principal receptáculo da presença de YHWH no Templo, conforme detalhado no Livro de Reis. No entanto, o Professor Kislev demonstra que o Cronista, ao recontar a história bíblica, confere um papel muito mais proeminente ao altar. Essa ênfase é crucial para entender a funcionalidade do Segundo Templo, que, ao contrário do Primeiro Templo de Salomão, não possuía a Arca da Aliança.

A análise de Kislev revela que o Cronista sutilmente "borra" a centralidade da Arca para realçar o altar. Um exemplo notável é a narrativa da inauguração do Templo de Salomão. Enquanto em Reis a glória de YHWH enche o Templo após a Arca ser trazida, o Cronista interliga essa cena com o fogo que desce sobre o altar, sugerindo que a presença divina está intrinsecamente ligada ao altar sacrificial.

Outro ponto-chave é a valorização do altar no Tabernáculo em Gibeão (2 Crônicas 1:5-6). Para o Cronista, este altar se torna um local de revelação divina e sacrifício proeminente, prefigurando sua importância no Templo permanente. A utilização da expressão "casa de sacrifício" para o Templo também sublinha essa centralidade.

Templo sem Arca: A Solução do Altar

A ausência da Arca da Aliança no Segundo Templo (construído após o exílio babilônico) representava um desafio teológico significativo. Como poderia o Templo ser considerado a "casa de YHWH" sem o seu objeto mais sagrado? A pesquisa de Kislev argumenta que o Cronista resolve essa questão ao elevar o status do altar. Ao fazer isso, o Cronista oferece uma base teológica para a continuidade da presença divina no Segundo Templo, garantindo que, mesmo sem a Arca, o local permanecia um santuário legítimo e funcional para a adoração e a manifestação de Deus.

Estudo Revela o Papel do Altar no Livro de Crônicas
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  1. Os Mistérios da Dependência Textual na Bíblia 
  2. Pesquisa Revela a Importância dos Rituais no Livro de Levítico
  3. Pesquisa Revela que Pentateuco não Declara que YHWH é Rei


Essa pesquisa não apenas oferece uma análise detalhada das diferenças entre as narrativas em Crônicas e em seus predecessores, mas também sugere uma interpretação teológica mais profunda sobre o significado simbólico do fogo divino. Kislev mostra como o cronista não apenas continua e desenvolve elementos encontrados em textos anteriores, mas também oferece uma interpretação distintiva e teológica desses eventos.

O estudo de Kislev destaca a importância de examinar de perto as diferenças e semelhanças entre textos bíblicos para uma compreensão mais profunda de sua mensagem e significado. Ao revelar o papel central do altar em Crônicas, ele contribui significativamente para o nosso entendimento da teologia e da composição literária do Antigo Testamento.

Fonte

Kislev, I. (2020). O papel do altar no livro de crônicas. O Diário das Escrituras Hebraicas , 20 . https://doi.org/10.5508/jhs29558

Transformados pela Renovação da Mente

 Transformados pela Renovação da Mente: Uma Jornada de Renúncia e Discernimento


Em Romanos 12:1-2, o apóstolo Paulo nos exorta a sermos transformados pela renovação de nossa mente. Esta passagem conhecida nos lembra da importância de abandonar os padrões deste mundo e buscar a vontade de Deus em todas as áreas de nossas vidas. Vamos explorar como podemos viver essa transformação diária através da entrega a Deus, da renúncia aos caminhos do mundo e do discernimento da vontade divina.


1. Entregar-se a Deus

O primeiro passo para a renovação da mente é decidir entregar-se completamente a Deus. Paulo nos chama a nos apresentarmos como sacrifício vivo, santo e agradável a Ele (Romanos 12:1). 

Isso significa dedicar nossas vidas e nossos pensamentos ao serviço de Deus, permitindo que Ele transforme nossas mentes e corações. II Coríntios 10:5 e Efésios 4:1 nos incentivam a renovar nossa mente através da submissão a Cristo e da busca por Sua vontade em todas as áreas de nossas vidas.

Os homens podem falhar conosco, mas Deus não. Muitos eram voltados para idolatria (Oséias 9:10). Idolatria é qualquer coisa que rivalize com Deus no primeiro lugar em nossas vidas.  Dinheiro, Prazer, Família.

  • Deus é um Deus zeloso.  (2 Coríntios 11:2-3) 
  • Ame a Deus com seu coração, alma e mente.  (Mateus 22:37) 
  •  Eles eram culpados de se conformarem com o mundo A. (Oséias 7:8).

2. Renunciar aos Caminhos do Mundo

O segundo passo é decidir renunciar aos caminhos e à sabedoria deste mundo. Em Romanos 12:2, Paulo nos adverte a não nos conformarmos com os padrões deste mundo, mas sermos transformados pela renovação de nossa mente. I Coríntios 3:19 e Tiago 3:13-16 nos alertam sobre a falsa sabedoria deste mundo, que é insensata aos olhos de Deus. Devemos discernir e rejeitar os valores e princípios que contradizem a Palavra de Deus, escolhendo seguir os caminhos da verdade e da retidão.

Mundanismo interior. Ficamos presos neste mundo - ocupados em uma infinidade de coisas que realmente não beneficiam a alma. Rom. 12:2; 1 João 2:15-17; Apocalipse 3:15-16

    • Amamos o pecado e o mundo? 1 João. 2:15-17.

    • Abominamos o mal e nos apegamos ao que é bom? ROM. 12:9.

    • Evitamos a própria aparência do mal? 1 Tes. 5:22; Tia. 4:4; ROM. 12:1,2; 2 Cor. 6:14-18; 7:1.

 (Romanos 12:1-2) “Não vos conformeis com o mundo.”. (Tiago 4:4; 1 João 2:15-17) "Não ame o mundo." Quão diferentes somos do mundo? 

3. Discernir a Vontade de Deus

O terceiro passo é decidir discernir qual é a vontade de Deus em todas as situações. Romanos 12:2 nos insta a não nos conformarmos com este mundo, mas sermos transformados pela renovação de nossa mente, para que possamos experimentar e aprovar o que é bom, agradável e perfeito aos olhos de Deus.

Ore a Deus quando você não entender totalmente a vontade dele para você (Jer. 32: 24-25; Fp. 4: 6-7; Tia. 1: 5-8).

A vontade de Deus

  • Deus revelou Sua vontade aos apóstolos (Efésios 3:3)
  • Os apóstolos escreveram Sua vontade (Efésios 3:3)
  • O que eles escreveram é legível e compreensível (Efésios 3:4, 5)
  • Somos ordenados a entendê-lo (Efésios 5:17)

 Mateus 7:21, Hebreus 11:6 e II Timóteo 2:15 nos encorajam a buscar a vontade de Deus com diligência e fé, sabendo que Ele recompensa aqueles que O buscam sinceramente. Tiago 3:17-18 nos lembra das características da sabedoria que vem do alto, que é pura, pacífica, bondosa e cheia de misericórdia, para que possamos discernir entre o que é bom e o que é mau.

Transformados pela Renovação da Mente



Veja também

  1. Como ter a Vida Transformada pelo Amor de Deus?   Efésios 3: 14-19
  2. 3 Motivos para não se assentar na roda dos escarnecedores. Salmos 1:1
  3. Como ser Semelhante a Cristo? João 13:15

Conclusão

Queridos irmãos e irmãs, que possamos nos comprometer diariamente com a renovação de nossa mente, entregando-nos a Deus, renunciando aos caminhos do mundo e discernindo Sua vontade em todas as áreas de nossas vidas. Que a transformação que experimentamos nos conduza a uma vida de retidão, sabedoria e serviço a nosso Deus, refletindo assim Sua glória e amor ao mundo ao nosso redor. 

Pesquisa Revela que Pentateuco não Declara que YHWH é Rei


O Rei Não Dito: Como a Retórica Antiga Molda a Compreensão do Pentateuco

Um estudo aprofundado revela que a ausência do título "rei" para YHWH na prosa do Pentateuco é uma estratégia retórica deliberada, baseada em premissas implícitas de realeza divina e obrigações multigeracionais.

Syracuse, NY – Uma pesquisa inovadora, conduzida por James W. Watts da Syracuse University, lançou nova luz sobre uma curiosa discrepância na Bíblia Hebraica: o Pentateuco retrata Deus (YHWH) agindo como um rei, mas quase nunca lhe atribui explicitamente o título de "rei" em sua prosa, em contraste marcante com muitas outras partes das escrituras hebraicas. O estudo, publicado no 

Omissão não é um acaso

Journal of Hebrew Scriptures, sugere que essa omissão não é um acaso, mas sim uma poderosa estratégia retórica conhecida como entimema.

O entimema, um conceito retórico antigo que remonta a Aristóteles, refere-se a argumentos onde uma ou mais premissas são deixadas implícitas, pressupondo que a audiência já as compreende ou acredita nelas. Segundo Watts, a premissa não declarada de que YHWH é o rei de Israel fortaleceu a força persuasiva da prosa do Pentateuco. Essa abordagem evita trazer à tona possíveis problemas ou desafios que uma declaração explícita da premissa poderia provocar.

O Pentateuco descreve YHWH comportando-se como um soberano, lutando pelos israelitas contra exércitos, estabelecendo uma aliança moldada em tratados de suserania antigos e ditando leis e instruções rituais. No entanto, a prosa pentateucal, tanto narrativa quanto instrucional, evita completamente o uso de linguagem real para Deus. Essa característica difere notavelmente dos Salmos e da poesia profética, que proclamam abertamente a realeza e o domínio de YHWH.

Tratados antigos


A pesquisa de Watts sugere que a ideologia imperial de realeza, presente nos tratados de suserania hititas e neoassírios, molda as premissas implícitas subjacentes à retórica do Pentateuco. Nesses tratados antigos, os suseranos enumeravam seus atos benéficos em favor de seus súditos antes de exigir lealdade e obediência. Além disso, esses acordos frequentemente estendiam suas reivindicações a gerações futuras, criando uma obrigação multigeracional. O Pentateuco replica essa lógica, com YHWH resgatando Israel do Egito e estabelecendo uma aliança no Sinai, cujas obrigações se estendem "por todas as suas gerações".

A ausência explícita do título de "rei" para YHWH na prosa pode ser explicada pelo desejo de apresentar essa realeza como conhecimento comum, tornando-a menos suscetível a contestações. Como observam Fabrizio Macagno e Giovanni Damele, premissas não declaradas têm o efeito de "transferir o ônus de produzir evidências" para a outra parte, tornando a proposição tentativamente comprovada se não for refutada.

História tumultuada entre reis e profetas nos livros bíblicos de Reis reflete essa tensão contínua


A implicação da realeza de YHWH foi expressa e desafiada em outras partes da Bíblia Hebraica, como no Livro de Samuel, onde o pedido de Israel por um rei humano é visto como uma rejeição a YHWH. A história tumultuada entre reis e profetas nos livros bíblicos de Reis reflete essa tensão contínua.

Curiosamente, a poesia do Pentateuco não se esquiva de proclamar a realeza de YHWH. Em textos como o oráculo de Balaão (Números 23:21) e o Cântico do Mar (Êxodo 15:18), YHWH é explicitamente chamado de "rei" ou seu domínio é afirmado. 

Watts explica que a poesia inserida em narrativas frequentemente explicita temas que são apenas implícitos na prosa circundante, e a menção da realeza de YHWH nesses poemas reflete sua ampla aparição nos Salmos de Israel. Além disso, essas proclamações explícitas, inclusive de um profeta estrangeiro como Balaão, reforçam a percepção de que a premissa da realeza de YHWH era amplamente compartilhada e reconhecida, até mesmo por observadores externos.

Pesquisa Revela que Pentateuco não Declara que YHWH é Rei



Veja também

Conclusão

O estudo de Watts sugere que, ao deixar implícita a premissa da realeza de YHWH, o Pentateuco não só fortalece sua argumentação sobre a obediência que Israel deve a Deus, mas também evita os problemas políticos inerentes à figura de um governante divino. Em vez de desenvolver as implicações políticas da realeza divina, o Pentateuco dedica-se a definir o povo de Israel como os súditos individuais e coletivos desse governante divino.

Os resultados deste estudo contribuem significativamente para o entendimento da teologia e da retórica do Pentateuco, sugerindo que a implicitação da realeza de Deus fortalece sua autoridade sobre Israel. Esta pesquisa lança luz sobre uma faceta pouco explorada da narrativa bíblica e promete inspirar futuras investigações sobre a teologia e a linguagem política na Bíblia Hebraica.

Fonte
Watts, JW (2018). A premissa não declarada do Pentateuco em prosa: YHWH é rei. O Diário das Escrituras Hebraicas , 18 . https://doi.org/10.5508/jhs.2018.v18.a2

Mulheres Curadas: Chamadas para Testemunhar.

Mulheres Curadas: Chamadas para Testemunhar.

A Bíblia está repleta de histórias de mulheres que enfrentaram dores profundas, doenças, opressão e até a morte. Mas em cada uma dessas histórias, vemos um Deus que intervém, cura, liberta e restaura. Essas mulheres, uma vez curadas, tornaram-se testemunhas poderosas do agir de Deus. Hoje, nosso tema é: Mulheres Curadas: Chamadas para Testemunhar.

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Vamos explorar a vida de algumas dessas mulheres e as lições que suas experiências nos trazem.


1. Mulher com Fluxo de Sangue: Purificação

A dor e a exclusão social marcavam a vida dessa mulher. Marcos 5:25-34 narra sua história: ela "sofria há doze anos de uma hemorragia, e muito padecera às mãos de muitos médicos, e despendera tudo quanto tinha, e nada lhe aproveitava, antes ia piorando". No entanto, ao ouvir falar de Jesus, ela ousou: "se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei." E ao fazê-lo, "logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo." (Marcos 5:29).

Essa mulher experimentou não apenas uma cura física, mas uma purificação completa. Doze anos de doença a tornavam impura perante a lei, isolando-a da sociedade e do templo. Sua cura significou o fim do sofrimento físico e o retorno à comunhão plena. Sua história nos ensina que a cura de Jesus vai além do físico, alcançando a alma e restaurando a dignidade. Uma vez purificada, ela pôde testemunhar abertamente sobre o que Jesus fez por ela.

Mulheres Curadas: Chamadas para Testemunhar.

2. Filha da Mulher Cananeia (ou Siro-fenícia): Libertação

A fé de uma mãe em desespero moveu o coração de Jesus. Mateus 15:21-28 conta a história de uma mulher que, mesmo sendo estrangeira e não judia (cananeia ou siro-fenícia), clamou a Jesus por sua filha, que era "terrivelmente atormentada por um demônio". Apesar da aparente hesitação inicial de Jesus para testar sua fé, ela perseverou. E a resposta veio: "Ó mulher, grande é a tua fé! Seja feito contigo como queres. E desde aquela hora sua filha ficou sã." (Mateus 15:28).

Essa mãe viu sua filha ser libertada de uma opressão demoníaca à distância. Sua fé, que não se abateu diante dos obstáculos, resultou na libertação da filha. Essa história é um poderoso testemunho da libertação que Jesus oferece, rompendo cadeias e trazendo vida nova. A mãe, testemunha da libertação, certamente se tornou uma proclamadora do poder de Jesus.


3. Sogra de Pedro: Cura

Jesus não se importou com quem a servia, mas sim com quem precisava de Sua intervenção. Mateus 8:14-15 relata: "Chegando Jesus à casa de Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre. E Jesus tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e ela se levantou e passou a servi-lo." (Mateus 8:15).

A sogra de Pedro estava prostrada com febre, uma doença comum, mas que impedia seu serviço. Jesus, com um simples toque, trouxe a cura imediata. E qual foi a primeira atitude dela após ser curada? Ela "passou a servi-lo". Sua cura não foi para seu próprio deleite, mas para capacitá-la ao serviço. Mulheres curadas são chamadas a usar sua saúde e força renovadas para servir a Deus e ao próximo, testemunhando através de suas ações.


4. Mulher Encurvada Há 18 Anos: Restauração

A opressão e a limitação marcaram a vida dessa mulher por quase duas décadas. Lucas 13:10-17 nos apresenta a mulher que estava "possessa de um espírito de enfermidade, fazia já dezoito anos; e andava encurvada, e não podia de modo algum endireitar-se". Numa atitude de compaixão e poder, Jesus a chamou e declarou: "Mulher, estás livre da tua enfermidade." (Lucas 13:12).

Essa mulher experimentou uma restauração completa. Não era apenas uma cura de uma doença, mas a libertação de uma condição que a prendia há anos, tirando-lhe a dignidade e a capacidade de olhar para cima. Jesus a endireitou e a libertou, restaurando não só sua postura física, mas sua vida. Mulheres restauradas por Jesus têm um testemunho poderoso de que Ele pode desatar qualquer nó e endireitar qualquer caminho torto.


5. Filha de Jairo (Ressuscitada/Curada da Morte): Vida Eterna

A última fronteira que Jesus venceu foi a própria morte, trazendo vida onde a esperança havia cessado. Lucas 8:49-56 narra o desespero de Jairo e a intervenção de Jesus: sua filha "já estava morta", mas Jesus chegou e, com autoridade, disse: "Menina, levanta-te." (Lucas 8:54).

Essa jovem foi curada da morte e trazida de volta à vida por Jesus. Sua história é um testemunho irrefutável do poder de Jesus sobre a morte e do Seu domínio sobre todas as coisas. Ela aponta para a vida eterna que Jesus oferece a todos que creem. Mulheres que experimentaram a intervenção de Jesus em momentos de extrema dificuldade têm o privilégio de testemunhar que Ele é o Senhor da vida, capaz de trazer esperança e ressurreição onde tudo parece perdido.


Veja também
  1. Mulheres de Oração: Intercessoras do Reino Mateus 6:5-15
  2. Mulheres Missionárias – Chamadas para Servir com Dedicação
  3. Mulheres Avivadas na Obra de Deus.


Amadas irmãs, as histórias dessas mulheres nos mostram que não há dor, doença, opressão ou mesmo morte que esteja além do alcance de Jesus. Cada uma delas, ao ser tocada pelo poder e amor de Cristo, tornou-se uma testemunha viva do que Ele pode fazer.

Se você foi curada, liberta, restaurada ou ressuscitada em alguma área da sua vida por Jesus, você tem uma história para contar. Que o seu testemunho inspire outras pessoas a buscar o Médico dos médicos, o Libertador e o Príncipe da Vida.


Qual dessas histórias mais te inspira a compartilhar o seu próprio testemunho de cura e libertação em Cristo?

 

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