Cristo é Preeminente: A Plenitude em Todas as Coisas
Cristo é preeminente. Esta não é apenas uma afirmação teológica; é a própria essência do Evangelho, a chave para compreendermos quem somos em Deus e como devemos viver neste mundo. O apóstolo Paulo, em sua carta aos Colossenses, nos revela a magnificência e a centralidade de Jesus, e mergulharemos juntos em Colossenses 1:15-23 para contemplar essa glória.
Visão Geral do Texto:
Paulo inicia este trecho com uma declaração poderosa sobre a identidade de Jesus:
• Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito sobre toda a criação. (1:15) Aqui vemos que Jesus não é apenas um homem; Ele é a representação visível do Deus que nossos olhos não podem ver. Ele existia antes de toda a criação, o primeiro em dignidade e poder. Ele é tanto a plenitude de Deus quanto a plenitude do homem, unindo o divino e o humano em sua pessoa.
• Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. (1:16) Que declaração surpreendente! Jesus não é apenas parte da criação; Ele é o agente da criação. Toda a existência, desde as mais altas autoridades celestiais até a mais ínfima partícula, foi trazida à existência por Ele e tem Nele o seu propósito final. Ele tem toda a autoridade, pois é o Criador e Sustentador de tudo.
• Ele é antes de todas as coisas, e nele todas as coisas subsistem. (1:17) Antes que o tempo existisse, Jesus já era. Ele não apenas criou o universo, mas também o mantém unido. Sua presença permeia toda a criação, garantindo sua ordem e coesão.
• Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. (1:18) Agora, Paulo volta seu olhar para a Igreja. Jesus não é apenas o Senhor do universo, mas também a cabeça do Seu corpo, a Igreja. Ele é o princípio de uma nova criação, o primeiro a ressuscitar para a vida eterna, garantindo a nossa própria ressurreição. Em tudo, absolutamente em tudo, Ele deve ter o primeiro lugar.
• Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão nos céus, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. (1:19-20) Aqui reside o coração do Evangelho. Em Jesus habita toda a plenitude da divindade. Através de Sua morte sacrificial na cruz, Deus reconciliou consigo o mundo perdido. A inimizade entre Deus e o homem, entre o céu e a terra, foi removida pelo sangue precioso de Jesus.
• Antes vocês estavam separados de Deus e eram seus inimigos em sua mente, por causa do seu comportamento pecaminoso. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo mortal de Cristo, mediante a sua morte, para apresentá-los santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação diante dele. (1:21-22) E nós fomos incluídos nessa maravilhosa obra de reconciliação! Éramos inimigos de Deus por causa do nosso pecado, mas através da morte de Jesus, fomos trazidos de volta à comunhão com Ele. Fomos purificados e santificados para estarmos diante de Deus sem culpa.
• se de fato permanecerem na fé, estáveis e firmes, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todas as nações debaixo do céu. Desse evangelho eu, Paulo, me tornei ministro. (1:23) A reconciliação que recebemos em Cristo não é algo passageiro. Somos chamados a permanecer firmes na fé, inabaláveis na esperança do Evangelho que nos foi pregado.
O Que Fazemos Com Isso?
Diante dessa grandiosa revelação da preeminência de Cristo, como devemos responder? Paulo nos aponta o caminho:
• Louvado seja Jesus! A primeira e mais natural resposta ao contemplarmos a glória de Cristo é a adoração. Nossos corações devem transbordar de louvor e gratidão por quem Ele é e pelo que Ele fez por nós. Ele é digno de toda honra, glória e poder.
• Confie em Jesus! Se Ele é o Criador, o Sustentador, a Cabeça da Igreja e o Reconciliador, então Nele devemos depositar toda a nossa confiança. Não em nossas próprias forças, em nossas conquistas ou em qualquer outra coisa terrena, mas unicamente em Jesus Cristo. Ele é a nossa esperança, a nossa segurança e a nossa vida.
Paulo ecoa essa centralidade de Cristo em toda a sua carta:
• “Cristo em vós, esperança da glória.” (1:27) A própria presença de Cristo em nós, através do Espírito Santo, é a garantia da nossa futura glória.
• “O mistério de Deus, que é Cristo” (2:2) Todo o plano redentor de Deus se concentra em Jesus. Ele é o mistério revelado, a chave para entendermos o propósito divino.
• “Assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também andai nele” (2:6) A maneira como iniciamos nossa jornada cristã – pela fé em Jesus – deve ser a mesma maneira como a continuamos. Nossa vida diária deve ser um caminhar Nele, em obediência e dependência.
• “não segundo Cristo.” (2:8) Paulo nos adverte contra filosofias e tradições humanas que se desviam da centralidade de Cristo. Nossa fé deve estar fundamentada unicamente Nele.
• “a substância pertence a Cristo.” (2:17) As sombras e figuras do Antigo Testamento encontram sua plena realidade em Cristo. Ele é a substância de todas as promessas de Deus.
• “A vossa vida está escondida com Cristo… Cristo, que é a vossa vida.” (3:3-4) Nossa verdadeira identidade e segurança estão em Cristo. Ele não é apenas parte da nossa vida; Ele é a nossa própria vida.
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Cristo é Preeminente!
Esta verdade deve moldar cada aspecto de nossa existência. Deve influenciar nossos relacionamentos, nossas decisões, nossos valores e nossas prioridades. Se Cristo é preeminente, então Ele deve ocupar o primeiro lugar em nossos corações, em nossas casas, em nossas igrejas e em nosso mundo.
Portanto, meus amados, sigamos a exortação de Paulo: “…permaneçam na fé, estáveis e firmes, sem se afastarem da esperança do evangelho.” Que a preeminência de Cristo seja a nossa constante alegria, a nossa inabalável esperança e a força que nos impulsiona a viver vidas que O glorifiquem em tudo o que fazemos.
Amém.